Manuel Cerveira Pereira
O INÍCIO DA EXPLORAÇÃO
DO SUL DE ANGOLA
COM A FUNDAÇÃO
DA CIDADE DE BENGUELA EM 1617
E A LISTAGEM DOS 400 ANOS DE TODOS OS GOVERNADORES PORTUGUESES DE ANGOLA
DE 1 DE FEVEREIRO DE 1575,
A 10 DE NOVEMBRO DE 1975.
Manuel Cerveira Pereira foi o 8º Governador e Capitão-General da Feitoria portuguesa de Luanda e Angola (como já dissemos esta designação deriva do título Ngola, usado pelos soberanos do “Reino” de Ndongo) e foi nesse mandato que comandou a expedição que veio a resultar na criação do presídio e forte de Cambambe, nas margens do Rio Cuanza, perto da actual barragem hidroeléctrica – a Leste de Dondo.
Ruinas do Forte de Cambambe
Parece ter caído nas boas graças do rei Filipe II (de Castela, Portugal, Aragão, etc...), que o nomeou, a 10 de Dezembro de 1614, capitão-mor e conquistador do Reino de Benguela. O facto de ser considerado um dos mais experimentados oficiais portugueses nas campanhas militares no Ndongo pesou na sua nomeação de novo como Governador e Capitão-General, tornando-se agora, com o segundo mandato, o 11º no cargo, incumbido de “conquistar o reino de Benguela”, que marcaria o início da exploração portuguesa do Sul do território.
Cerveira Pereira fundeou na Baía de Santo António (anteriormente conhecida por Baía das Vacas), no dia 17 de Maio de 1617, sendo esta data considerada como a da fundação da Cidade de S. Filipe de Benguela, em homenagem ao rei, que se tornou então a sede do “Reino de Benguela”. Benguela é pois, a segunda cidade mais antiga de Angola, depois de Luanda.
Contudo, já tinha existido uma povoação com o nome de Benguela, perto de uma aldeia chamada Kissonde, no limite Sul do “Reino” de Kissama – perto da foz do Rio Calala –, já em territórios umbundu. Os portugueses tentaram colonizar essa região em 1587, fundando uma povoação com o nome de Benguela. O povoado foi abandonado pouco depois mas em 1771 os portugueses voltaram ao local original e ergueram a povoação de Benguela Velha, actual Porto Amboim. O primeiro contacto entre os povos dessa região e os portugueses realizou-se no ano de 1587, por António Lopes Peixoto, a mando do seu tio Paulo Dias de Novaes, com o objectivo de erguer um fortim no local – com forma de baía – onde Diogo Cão havia passado sem atracar, para nele construir o povoado com a designação de Benguela, que acabou por ser abandonado, face à resistência das populações da região. Dos documentos conhecidos, sabe-se que António Peixoto terá mesmo erguido uma fortificação no morro do Kissonde, onde existe hoje um farol, erguido sobre os restos da antiga fortificação.
O morro de Kissonde, com o actual farol lá no alto...
A seguir à sua morte ficou como governador interino Lopo Soares Lasso que, já depois de abandonar aqulea função governativa, em 1633, numa tentativa de dar guerra ao Ngola Njimbu, de Caconda (já o “reino” do Ndongo se encontrava fragmentado em vários potentados, sendo a Ngola Nzinga (Ginga) Mbande senhora da sua parte oriental e da Matamba), que tinha mandado avisar o governador que não havia razão para este lhe fazer guerra, que ele, soba, não queria; mas Lopo Lasso foi penetrando nas suas terras e sofreu uma derrota total. Salvou-se um único homem, angolano, que levou a triste nova ao 17º Governador e Capitão-General de Angola, Manuel Pereira Coutinho.
A pequena guarnição que ficou em Benguela, morria de fome. Sem comida, nem armas para se defenderem.
O cobre apareceu, séculos depois, mas não em Sumbe-Ambela!
Em 1641 a cidade foi tomada pelos holandeses e a população teve de se refugiar no interior, a cerca de 200 km do litoral. Sete anos depois, em 1648, Benguela foi libertada. Desde então passou a ser porta de passagem para o interior e a região desenvolveu-se muito. Em 1705 uma esquadra francesa destruiu a cidade quase completamente, mas entre 1710 e 1755 os benguelenses reconstruíram-na. As construções eram rudimentares, sendo a Igreja de Nossa Senhora do Pópulo, a primeira construção de pedra e cal.
A educação é arma mais poderosa que vc pode usar para mudar o mundo.
ResponderEliminarAfricanos devemos estar unidos para resgatarmos a nossa identidade
ResponderEliminarOk
ResponderEliminarTemos que volta a escrever a History de Angola..
ResponderEliminarE verdade
ResponderEliminarEFEFFRGRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGTGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGG
ResponderEliminar