segunda-feira, 12 de junho de 2017

2º LANÇAMENTO DO LIVRO ÚLTIMOS NO LESTE DE ANGOLA NA RETIRADA DO EXÉRCTIO PORTUGUÊS EM 1975 SEGUNDA VOLTA AGORA EM LISBOA!


2º LANÇAMENTO DO LIVRO 
ÚLTIMOS NO LESTE DE ANGOLA
NA RETIRADA DO EXÉRCTIO PORTUGUÊS EM 1975
17 de Junho - 14h30


SEGUNDA VOLTA AGORA EM LISBOA!
CHIADO CLUBE LITERÁRIO & BAR
TIVOLI FORUM, 180, PISO 1, SALA F, 
AVENIDA DA LIBERDADE, LISBOA 

Pois vamos lá então à segunda volta do lançamento, agora em Lisboa. 
A oradora convidada para a apresentação será a jornalista 
Catarina Gomes.

Próximas apresentações, debates, etc... sobre este livro:

Debate sobre o livro na Associação 25 de Abril, 
tendo como moderador 
o General Pezarat Correia
eventualmente a 7 de Julho (data a confirmar).

Apresentação em Caldas da Rainha
eventualmente na Biblioteca Municipal, 
com exposição de todas as fotografias presentes no livro e outras mais. 
Data e local a confirmar.


Fica aqui o Press release, 
revisto e corrigido pelo jornalista Carlos Pessoa:

Últimos no Leste de Angola – Na Retirada do Exército Português em 1975 é um livro autobiográfico em que o autor relata a sua experiência no serviço militar, entre 1973 e 1975, com uma “comissão de serviço” de cinco meses em Angola, entre Maio e Outubro de 1975.

A obra inclui ainda relatos de ex-camaradas de armas, muito especialmente de José Manuel da Silva – que contribuiu com excertos de cartas enviadas de Angola à sua futura esposa – e de Almerindo Figueiras – que contribuiu com extensos relatos telefónicos sobre situações que o autor não viveu, mas de que tinha memória terem acontecido.

Tudo começa em Janeiro de 1973, quando o autor “deu o nome para a tropa”. Escrita num registo biográfico, a obra integra e contextualiza todos os factos importantes que ocorreram em Portugal nesse ano e até 23 de Abril de 1974, data em que o autor “assentou praça” no Destacamento da Escola Prática de Cavalaria de Santarém.

O tema central do livro é a “comissão de serviço” em Angola, sobretudo a retirada do Batalhão de Artilharia, onde o autor estava integrado, do Luso para Nova Lisboa. Uma das Companhias do Batalhão seguiu viagem via auto (em viaturas Land Rover, Unimog, etc,...), servindo de escolta a uma extensa coluna de viaturas civis de refugiados em fuga do Luso, que à data já era palco de combates entre os movimentos de libertação de Angola, num clima pré-guerra civil. As outras três companhias retiraram por comboio, apinhado de refugiados civis e transportando também viaturas auto, civis e militares. Mas o conteúdo mais sensível, à guarda do batalhão nesse comboio, eram as duas carruagens carregadas de material de guerra – cerca de cinco toneladas de armas e munições – que haviam ficado nos quartéis do Luso, deixadas por unidades militares ali estacionadas anteriormente, e também as apreendidas às forças militarizadas criadas pelo anterior regime, entretanto dissolvidas com o 25 de Abril.

O comboio saiu do Luso numa altura em que a UNITA era escorraçada da cidade pelo MPLA devido a, segundo se dizia, estar a ficar sem munições. Sabendo que o comboio transportava material de guerra em grande quantidade e estando habituados a receber armas do exército português por via da “brilhante” estratégia do General Silva Cardoso de distribuir armas à UNITA para contrabalançar o peso dos outros movimentos, a UNITA resolveu atacar, não só o comboio, como a coluna auto. O ataque ao comboio, com os militares portugueses confinados aos vagões e carruagens ou dispersos pela coluna auto e misturados com civis, foi concretizado por milhares de “guerrilheiros” daquele movimento, com o roubo de todas as armas transportadas, incluindo as dos próprios militares portugueses.

O ataque-roubo constituiu uma humilhação para os militares que, depois disso, só ansiavam por regressar a casa. Mas ainda se seguiu a estadia em Nova Lisboa, com a “missão” de proteger os refugiados civis que, no aeroporto, aguardavam embarque na ponte aérea, numa altura em que a UNITA era dona e senhora da cidade. Este Batalhão foi entretanto apodado, pela imprensa de Lisboa, como o “batalhão do pé descalço” e este livro serve também para desmistificar essa designação insultuosa.

Depois desta odisseia, dada a conhecer em pormenor pela primeira vez, foi um alívio regressar a casa, apesar de a chegada a Lisboa ocorrer em plena fase final do PREC (o trágico-folclórico Processo Revolucionário em Curso).

O AUTOR

Jorge Machado-Dias, nascido por puro acaso em Lisboa, em 1953, estudou artes visuais na Sociedade Nacional de Belas Artes e arquitectura na Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa, não tendo concluído os seus estudos. É designer gráfico, autor e editor de banda desenhada, ilustrador, desenhador e maquetista de arquitectura e etc... Escreveu os argumentos para os dois álbuns de banda desenhada As Aventuras de Paio Peres, fundou a editora Pedranocharco Publicações e editou a revista sobre banda desenhada BDjornal, escrevendo dezenas de textos para a mesma.

FICHA DO LIVRO

Título: ÚLTIMOS NO LESTE DE ANGOLA – NA RETIRADA DO EXÉRCITO PORTUGUÊS EM 1975

Autor: Jorge Machado-Dias – com a colaboração de José Manuel da Silva e Almerindo Figueiras
Editor: Chiado Editora
Preço: € 17,00
Nº págs.: 328 páginas

ALGUMAS FOTOS DO LANÇAMENTO NO PORTO






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