BART 6221/74 - A HISTÓRIA DO BATALHÃO DE ARTILHARIA 6221/74 - ANGOLA 1975

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

TEXTO DE SAMUEL CHIWALE, O COMANDANTE RESPONSÁVEL PELO ASSALTO DA UNITA AO BART 6221/74 – NA SUA BIOGRAFIA PUBLICADA EM 2008


Jonas Savimbi, M. N'Zau Puna e Samuel Chiwale

TEXTO DE SAMUEL CHIWALE, 
O COMANDANTE RESPONSÁVEL 
PELO ASSALTO DA UNITA 
AO BART 6221/74
NA SUA BIOGRAFIA PUBLICADA EM 2008

José Samuel Chiwale, o comandante responsável pelo assalto da UNITA ao BART 6221/74, nas viagens (auto e comboio) entre Luso e Nova Lisboa, escreveu a sua biografia – CRUZEI-ME COM A HISTÓRIA –, que foi publicada pela editora portuguesa Sextante em 2008. Li o livro do Chiwale (que é agora um “senhor” deputado da UNITA no “parlamento” angolano) e como, no Capítulo 5, começando por evocar os combates no Luso da UNITA contra o MPLA [ou vice-versa], o homem relata de seguida os acontecimentos relacionados com esse assalto ao nosso comboio (sem considerar nunca que se tratou de um assalto...), é interessante compararmos o que ele escreveu, com o Relatório do Comandante do BART 6221/74, que já aqui publicámos. Isto porque, lidos os dois relatos, parece que estamos a ver “filmes” diferentes... Mas os homens do BART 6221/74, lembram-se perfeitamente deste episódio traumático da sua juventude “ao serviço da nação” e sabem que aquilo está tudo escrito numa prosa “embelezada” ao sabor da memória e a favor deles (UNITA), com o intuito de apresentar “músculo” e achincalhar os militares portugueses que lá estiveram. Shiwale também refere que os militares portugueses “foram desarmados e despidos” (ele escreve que isso [o despidos] foi lamentável), embora esses episódios, pelo que tenho apurado até agora, se refiram apenas a meia dúzia de casos isolados, que abordarei em texto específico neste blogue noutra altura, assim como a célebre "Operação Madeira" em que a UNITA colaborou com o Exército Português e com a PIDE contra o MPLA, pouco antes do 25 de Abril...
Vejamos então a parte que nos diz respeito do tal Capítulo (o 5º) do livro de Samuel Chiwale: 


CRUZEI-ME COM A HISTÓRIA 
José Samuel Chiwale 
Sextante Editora, Lisboa, 2008 


Em Julho de 1975, depois de provocações em todo o país, reben­tou a guerra civil em Angola: os combates iniciaram-se de uma forma mais declarada em Luanda, entre o MPLA e a FNLA, continuaram em Agosto, espalhando-se por todo o país. Bastava haver efectivos dessas organizações para haver faísca. Mas também, se bem que de modo esporádico, não éramos poupados: o massacre de cerca de 328 recrutas da UNITA, em Cassamba, foi o exemplo mais revelador.

Recordo-me de ter participado a ocorrência ao Dr. Savimbi e de lhe ter sugerido que deveríamos retaliar; não era justo que cente­nas de pessoas fossem mortas como animais. Na sua comunicação, o Dr. Savimbi dizia:

– Convém não reagirem e procurem dialogar para evitar o pior; o diálogo é, neste momento, a arma que vocês devem utilizar na frente leste para evitarem que a situação se deteriore. Vamos continuar a bater-nos pela reunificação dos três movimentos.

Não tardou que as palavras do Dr. Savimbi fizessem eco na mi­nha cabeça: «Depois de acabarem com a FNLA seremos nós.» Efecti­vamente, de nada valeram os seus discursos para não enveredarmos pela guerra. O mais caricato é que o MPLA, num tom pejorativo, pas­sara a apelidá-lo de «Profeta da Paz». Mesmo assim, o Dr. Savimbi in­sistia, na vã tentativa de evitar que o país caísse no caos, até que se deu o inaceitável, que nos forçou a rever as nossas posições.

No dia 3 de Agosto de 1975, o Dr. Savimbi dirigia-se para o aero­porto de Silva Porto (Bié) com a intenção de viajar para a Zâmbia. Tinha na agenda um ponto para analisar com os presidentes dos países da linha da frente referente à criação de outros mecanismos para se inviabilizar o recurso à guerra e se realizarem as eleições conforme o previsto em Alvor. Nenhum de nós desconfiava que fora delineado um atentado contra ele nesse dia; assim que o avião «Muangai» procurou descolar do aeroporto do Bié, lançaram uns mísseis contra ele. Só não aconteceu o pior por milagre.

Realmente, o ataque ao avião era apenas o prelúdio do que veio a acontecer nos dias subsequentes e ainda mais: vimo-nos, do dia para a noite, no meio de um fogo cruzado. Assim, em Luanda éra­mos acossados pelo MPLA, juntamente com as forças cubanas; no norte (Uíje e Zaire) e mais a sul, pelas forças da FNLA. Estas ti­nham ali uma composição diversificada: contavam, para além de sul-africanos, com o ELP (Exército de Libertação de Portugal).

Reunimo-nos com urgência. Nesse encontro, onde a revolta se acasalara com a frustração, porque o pior já estava a acontecer, o Dr. Savimbi tomou a palavra e disse:

– Não queria que nos envolvêssemos nesta guerra, porque ela vai ser longa e dolorosa e o Povo deste país irá sofrer muito. Fizemos tudo por tudo para unir os três movimentos; fizemos tudo por tudo para se evitar uma guerra em que não nos queríamos meter, mas quando já nos tentam assassinar não temos outra alternativa senão autodefendermo-nos para salvaguardarmos as vidas e a causa.

Foi desta forma que a UNITA entrou numa guerra que, inicial­mente, era entre o MPLA e a FNLA.


Encontrava-me nesse momento na frente Leste, acompanhan­do a situação. Da parte do MPLA estavam os comandantes Dangereux e Dack Doy. À tarde tínhamos briefings regulares.

Naquele remoto dia 15 de Agosto [de 1975] estava com eles na minha casa, procurando a estratégia a utilizar para, conforme se dizia, pacificarmos a área.

– Camarada Chiwale! – Dangereux procurava sossegar-me. – Vamos fazer o impossível para manter o Leste livre das escara­muças. Foi por isso que viemos cá, a sua casa, a fim de lhe garantir­mos que o Leste é uma região de paz.

Estávamos na sala de estar, com Dangereux e Dack Doy senta­dos em frente de mim. Notei que o primeiro tinha consigo uma garrafa de champanhe.

– Vai um gole? Temos aqui copos? – convidou.

– Camarada Dangereux, podemos beber o champanhe, mas eu queria dizer-lhe que tenho informações fidedignas de que entraram hoje, às quatro horas da madrugada, 28 viaturas vindas de Henrique de Carvalho, abarrotadas de catangueses armados até aos dentes.

– Mas, camarada Chiwale – procurou novamente sossegar-me –, você não vê mesmo que isso que está a dizer não faz sentido? Como é que estaríamos aqui, na sua casa, se a nossa intenção fosse atacá-lo? Para isso convidá-lo-íamos para as nossas instalações ou para o quartel-general e dávamos lá o golpe de misericórdia. Peguem lá nos vossos copos para brindarmos à amizade existente entre o coman­do do MPLA e o da UNITA, da frente Leste.

Momentos depois, o ambiente tornara-se mais desanuviado e passámos para o whisky acompanhado de um churrasco. Às dezoi­to horas, despedimo-nos com a promessa de que o Leste seria um oásis naquele deserto de pólvora.

Não se tinha passado sequer uma hora quando um morteiro explodiu ao lado da minha residência. As minhas suspeitas confir­mavam-se: eles tinham estado ali não só para me espiar mas também para descobrirem a minha estratégia de ataque ou de defesa, e não se haviam apercebido de nada, por me subestimarem como adver­sário: dias antes eu organizara, no bairro periférico do Sangondo, um cordão de segurança, baseado numa forte estrutura militar sob o comando do major Severino, coadjuvado por outros militares, já míticos, como o Cazumbuela, o Cacoma, o Jolomba, o Cufuna e ou­tros. A minha segurança à volta do bairro Esteves (Ferrovia) tam­bém fora reforçada.

Foi desta forma tão inusitada que, no dia 15 de Agosto, começa­ram as confrontações no leste de Angola e – digo-o à boca cheia – graças ao meu sexto sentido pude escapar da armadilha de Dangereux e Dack Doy.

O fogo começou; respondíamos de modo incisivo e musculado: assim que um morteiro explodia dentro das nossas posições, dirigía­mos para o local dez obuses. Pretendíamos neutralizar as forças do MPLA a partir do BTR, que era o quartel-general das tropas portuguesas, situado na margem direita do rio Luena.

O poder do fogo foi-se intensificando em ambos os lados atin­gindo proporções jamais vistas na minha vida de guerrilheiro: os combates prosseguiram durante a noite; às seis da manhã tínha­mos conquistado a zona do aeroporto, o bairro Ferrovia, o Sakatundo, ou seja, toda a periferia da cidade do Luso. As tropas do MPLA haviam ficado apenas com a área do palácio e o quartel dos coman­dos, ainda por concluir.

Às onze e meia, quando íamos aplicar o golpe derradeiro para os escorraçar definitivamente da cidade, descobrimo-nos sem mu­nições. O mesmo deve ter-se passado com eles, uma vez que das po­sições onde estávamos víamos as FAPLA a ser reabastecidas pela tropa colonial [portuguesa], que ainda ali estava. Então eu fiz o que, na altura, me pareceu mais lógico: assim que os soldados do MPLA viram supri­das as suas necessidades em munições, bombas e granadas, mandei alguns dos meus homens com o mesmo propósito. Foi em vão.

Às quinze horas, forçado pelas circunstâncias, ordenei à tropa que batêssemos em retirada até à localidade de Chicala. Tratava-se de um recuo estratégico com os meus cinco mil homens dos quais, infelizmente, apenas três mil estavam armados, contrastando com as forças do MPLA, sobretudo dos catangueses.

* 

Muito antes das confrontações soubemos que o exército portu­guês, juntamente com os colonos do Luso, se iriam retirar para Por­tugal, pela via do Huambo. Daí, planeámos assaltar o comboio na Chicala, a não ser, disse aos meus homens, que construíssem outro caminho-de-ferro; mas se o comboio passasse pela Chicala, Cachipoque, Cangumbe, Cangonga, Munhango, Cuemba, até à ponte do rio Cuanza, então eles teriam que se haver connosco. Seguramente, era uma forma de os fazer pagar pela parcialidade nos combates do Luso.

No dia 24 de Agosto, o comboio-mala deixou aquela localidade em direcção à Chicala, onde chegou às 18 horas. Trazia consigo a maior parte dos efectivos da tropa colonial à excepção dos comu­nistas que permaneciam ali em socorro das FAPLA. Também transportava munições, bombas de morteiro 40, 60 e 81 mm, rockets, bazucas, minas antipessoal e antitanque; era mesmo do que precisávamos para inverter a situação da guerra no Leste.

Assim que o comboio accionou os freios, viu-se completamente cercado. Avancei, resoluto, para o seu interior, abordando o oficial responsável, de quem já não me recordo o nome.

Depois de o saudar à boa maneira militar, disse-lhe:

– Senhor coronel, preciso de armamento.

– Que armamento? – respondeu exaltado. – O senhor não sabe que este armamento pertence ao exército português e ao exigi-lo está a violar os Acordos do Alvor?

Visivelmente nervoso, ripostei:

– Não me venha agora com os Acordos do Alvor. Eu necessito de material e ponto final, e falando de violações, não tenho nada a dizer senão lamentar a vossa atitude na cidade ao fornecerem ar­mas às tropas do MPLA. Portanto, vamos pôr de lado os Acordos do Alvor e dê-me as armas, pois tenho que voltar para o Luso para retomar as posições que perdi.

O coronel, ao ver que as nossas posições se extremavam, chamou o padre Oliveira, nosso conhecido, pois fora ele quem, em 1974, viabilizara o primeiro encontro que tivemos com o Movimen­to das Forças Armadas, na base do qual se assinou o cessar-fogo. O padre saiu em sua defesa, defendendo os mesmos pontos de vis­ta, aos quais retorqui:

– Sempre respeitei o senhor padre, por tudo o que fez para o entendimento da UNITA com o Movimento das Forças Armadas, mas agora gostaria imenso que compreendesse que há uma necessi­dade extrema em satisfazer as necessidades dos angolanos. O padre Oliveira está a partir para Portugal, para a sua pátria. Eu não tenho outra pátria senão esta pela qual estou a lutar e se não o fizer corro o risco, assim como os meus homens e o meu povo, de desapare­cer. Gostaria que o senhor padre me entendesse não só como ho­mem, mas também em nome de Deus. Não é Ele que diz que se deve saciar os carentes? Estou carente de armas. Peço-lhe que compreen­da isso.

– Mas isso não pode ser, comandante! - exclamou. - Isto é um assalto.

– Gostaria – ignorando-o – que o padre Oliveira me entendes­se também. É que o senhor nem sequer deveria ir a Portugal. O seu lugar é aqui, as suas ovelhas estão aqui e foi aqui que o senhor pa­dre fez um trabalho excepcional para este povo. Vai deixá-lo assim sem mais nem menos? E mesmo que o faça acredito que um dia há-de voltar, mas isso só será possível com a UNITA no poder, pois es­ses que vocês apoiaram com armas e munições, se vierem a tomar o poder, a primeira coisa que farão é combater a igreja. Então, acho que estão de acordo em que eu posso retirar o material do comboio.

– Não chegámos a acordo nenhum – interveio o coronel –, aliás, o padre Oliveira disse-lhe o mesmo que eu. Será que não en­tende?

– Bem, se não vai a bem vai a mal. Vou chamar os meus ho­mens e olhe que são cinco mil e vamos tomar o comboio de assalto. E para já, senhor coronel, dê-me a sua pistola, vamos – estendi-lhe as mãos.

O que se passou de seguida foi caótico: os soldados portugue­ses, com a intenção de nos amedrontarem, começaram a disparar para o ar, mas quando viram cerca de quatro mil homens a corre­rem em direcção ao comboio ficaram todos quietos.

Foi assim que nos apossámos do comboio: a quantidade de ma­terial era surpreendente, passámos toda a noite a descarregar e às cinco horas da madrugada ordenei que o comboio partisse. Tinha orientado os meus homens para que se fizesse o mesmo nas outras estações, ou seja, em Cachipoque e Cangumbe a fim de o esvaziar por completo.

As coisas no Cangumbe, como acontece frequentemente nes­tas situações, não correram lá muito bem: alguns dos nossos homens insurgiram-se contra a tropa e os colonos que iam no comboio; agre­diram-nos chegando mesmo ao ponto de os despir, o que foi real­mente lamentável.

De seguida, o comboio foi deixando o resto do material em Cangonga, Munhango, Cuemba e, ao atravessar o rio Cuanza, ficou completamente vazio. Foi com essas armas que conseguimos alte­rar o teatro de guerra na frente leste, centro e sul. Na verdade, não era pouco armamento: G3, morteiros, antiaéreas em grandes quan­tidades. Deparámo-nos com algum material desconhecido; felizmen­te, tínhamos soldados oriundos do exército colonial português, que nos instruíram sobre o seu manejo.

No dia seguinte, às nove horas da manhã, vimos um avião de reconhecimento a rasgar os céus. Saudámo-lo com uma salva de fogo das antiaéreas capturadas. Os seus ocupantes devem ter ficado surpreendidos, pois o avião deu meia-volta e desapareceu no firmamento.

Entretanto, as coisas tiveram outros desenvolvimentos: a mi­nha acção foi objecto de uma reacção violenta por parte do coronel do Movimento das Forças Armadas no Huambo, que acabava de chegar de Moçambique. Abordou o secretário-geral, Miguel N'Zau Puna, nos seguintes termos:

– O vosso comandante Chiwale e os seus homens desarma­ram a composição que vinha do Luso para cá e, veja só, como se não bastasse, tiveram o desplante de despirem os seus ocupantes. Não aceitamos humilhações desta natureza e por isso vim adverti-lo, ao senhor que é responsável pela cidade do Huambo, de que vamos re­taliar e você vai arcar com as consequências.

– Se vocês querem retaliar – respondeu N'Zau Puna – então vão ao Luso onde está o homem que fez isso. Agora, se o querem fazer cá no Huambo, tenham muito cuidado que eu posso pôr a popula­ção desta cidade contra vocês, o que seria pior: não se esqueçam de que este povo ainda nutre muitos ressentimentos pelo passado e, como tal, a situação poderá tornar-se incontrolável. Sugiro, pois, que evitemos um banho de sangue.

O coronel, conforme soube mais tarde, achou por bem resignar-se. Informei, então, o Dr. Savimbi da ocorrência e do procedimento a seguir para a distribuição do material pelas outras unidades.


Pouco a pouco, o país entrava numa guerra sem precedentes, onde as várias forças e os seus aliados se digladiavam na tentativa de ocupar o maior território possível. Em Luanda, o MPLA refor­çara-se com milhares de soldados cubanos e centenas de técnicos da União Soviética, Alemanha Democrática e outros países do Les­te. No Sul, deparámo-nos com uma força cujos objectivos e progra­ma político desconhecíamos: o ELP (Exército de Libertação de Portugal), ainda que estivesse ligado às forças de Daniel Chipenda (que se passara para a FNLA), não se sabia bem o que pretendia; os elementos que o compunham tinham pertencido ao exército colo­nial português e estavam refugiados no Sudoeste Africano (...)

Dirigentes da UNITA em TERRA LIVRE DE ANGOLA (Fevereiro de 1978)
Os dois à direita: Savimbi e Shiwale.


Shiwale actualmente...

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11 comentários:

  1. Também li o livro-emprestado pelo Pedro Brito-e uma das coisas que mais me chamou a atenção é a persistência do Chiwale em querer transformar o Savimbi num grande estadista,amante da paz!Decerto cruzou-se mais com o Savimbi do que com a História!...
    Sobre o Luso,cá estamos nós para repôr a verdade dos factos.E somos umas centenas!...
    E por que não,também,os civis que nos acompanharam(ou nós é que os acompanhamos?...)!?

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    1. SAVIMBI NÃO É NUNCA FOI UM SANTO, ASSIM COMO O PRÓPRIO DOS SANTOS, MAS LUTOU POR ALGO QUE ACREDITOU E QUE IRREFUTÁVELMENTE TEVE UMA VANTAGEM SATISFATÓRIA PARA TODA A ANGOLA. A DEMOCRACIA É FRUTO DE SUA LUTA. MAS COMO TODO GUERRILHEIRO ELE MATOU, VIOULOU, COMETEU ATROCIDADES QUE NÃO SÃO INCOMUNS EM GUERRAS, ASSSIM COMO O MPLA MATOU E COMETEU MUITO MAIS MUITO MAL À TODOS ANGOLANOS E VEM COMENTENDO DESCARADAMENTE SEM MOTIVOS LÓGICOS. ORA BEM, O QUE FALTA NESSE PAÍS É SEM DÚVIDAS ALGUMA UMA RECONCILIAÇÃO VERÍDICA E FIDEDÍGNA DO PAÍS, E COMO O NOSSO MARSALL DIZIA, RECONCILIARMO-NOS COM NOSSOS PASSIVOS E SÓ E SOMENTE ASSIM ANGOLA AVANÇA

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  2. Concordo contigo, no entanto somo nós Batalhão 6221 que passamos por tudo isso que temos que repor a verdade. Pequeno comentário: Assalto ao comboio- atuamos corretamente. Pois evitamos a morte de muitos civis, que vinham no comboio. Caso estes não viessem teriamos atuado de outra forma. Sim, porque estavamos preparados militarmente para essa missão.
    Não concordo, com o que muitos dizem referindo que o Batalhão não estava preparado para tal.
    Ass. Teixeira (Ex. Furriel M.)

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  3. este trecho que li é muito bonito sou ainda jovem, dos livros que com o do Jardo Muecalia, deu-me uma sensação de que tudo que se viveu com o Savimbi é muito bonito e foi uma causa justa

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  4. General Chiwale faça chegar este livro ao Kuito, faça favor

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  5. Na tua opinião, porque nessa altura ainda não eras nascido, por isso essa opinião não é credível.

    Teixeira (Ex.Furriel M.)

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  6. Bom dia General Chiwale faça-o chegar este livro em toda parte do pais principalmente nas escola media e Universidade pra poder expandir o conhecimento da estória real obrigado. de José Simão. Caxito

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  7. A UNITA não era nada...uns traidores ao ideal da libertação de Angola...o acordo com o Exército Português...a chamada operação madeira...conheço a história...estava a 15 KM a norte de Cangumbe...

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  8. Muito interessantes e necessário que dirigentes dos 3 movimentos de libertação sigam este exemplo escrever a nossa história com olhos secos os factos reaque aconteceram realmente para q possamos ter as Três versões e chegarmos a uma conclusão

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  9. Não acredito nisso do exército português ter fornecido munições aos guerrilheiros do mpla no Luso em 1975, as armas que eles possuíam eram AK-47, e a dos portugueses G3, os nosso morteiros eram ocidentais e os deles russos. O Chiwale que vá contar estórias para outro lado.
    Man. Malafaia
    Quanto ao comboio que trazia o batalhão português e os civis para o Huambo eu vinha nesse comboio, o Chiwale e os seus homens não fizeram mais que um roubo de armas, viaturas e diverso fardamento, algum tirado do próprio corpo dos militares, os portugueses não traziam munições nas G3, eu sei isso de fonte limpa estava ao lado deles, os primeiros tiros foram de Walter, dados pelos oficiais para intimidar, depois perante o cerco, o coronel mandou baixar as armas, para não pôr em risco os civis.
    O que mais me custou ver foi um guerrilheiro ter, dado uma chapada ao coronel português, quando este se insurgiu, com o roubo do fardamento que os seus homens levavam vestido.
    Triste país este, Portugal que acabou deste maneira com 14 anos de guerra em Angola.
    A vitória de Chiwale foi uma vitória da treta.

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  10. temos uma versão dos militares, temos uma versão da UNITA, mas temos mais versões?
    parece que não foi tão como dizem os militares, nem tão como diz a UNITA.
    Qual foi o papel dos profissionais do CFB? Quem foi o militante da UNITA que mandou parar o tiroteio porque reconheceu "alguém" no comboio, qual foi o papel do Tenente sabino da UNITA ao acalmar a agressividade etc, há ainda muita historia para contar. Qual foi o papel humanitário dos civis e dos militares do Batalhão que contra ordens do Comando não entregaram ao MPLA militantes da UNITA que estavam feridos e refugiados na estação do CFB e foram transportados para fora do Luso.
    Um ambiente muito complexo, seria importante factos, apenas para registo da historia.

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