PROJECTO DE CAPA
PARA O LIVRO
ÚLTIMOS NO LESTE
NA RETIRADA DO EXÉRCITO PORTUGUÊS DE ANGOLA 1975
O LIVRO
Camaradas,
Na impossibilidade de estar presente este ano no Encontro de Oliveira de Azeméis, com muita pena minha, deixo aqui o projecto para a capa do livro. Devo dizer que terminei a escrita em meados de Janeiro deste ano. Contudo, entre leituras de profissionais da escrita, revisão do texto e correcções, o livro só deverá estar editado em finais de Junho. Em conversa com o Silva e o Figueiras, surgiu-me a ideia de poder lançar o livro na Escola de Sargentos do Exército de Caldas da Rainha. A coisa parece-me bem, até pelo histórico daquela unidade. Vamos ver o que consigo fazer neste aspecto.
Para a capa escolhi a foto que sempre quis lá colocar, dado o lado crítico que acompanha todo o livro. Nesta foto, o pessoal tinha acabado de “verter águas”, na viagem de Luanda para o Luso e pareceu-me apropriado. Considero este gesto como uma “resposta” ao nosso descontentamento por nos vermos envolvidos naquilo tudo – já que não tenho foto alguma de alguém a “despejar as tripas” e que seria mais apropriado.
Espero contar com as vossas opiniões, em resposta neste “post”, ou para o email bdjornal@gmail.com.
Desejo-vos a todos um bom Encontro, no dia 14 de Maio e que me enviem fotos para colocar aqui.
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Gostei muito da capa, e está é uma história que muito me interessa. Gostaria de ser o primeiro a resenhar este livro no Brasil.
ResponderEliminarhttp://www.edgarsmaniotto.com.br/
Obrigado pelo elogio da capa e pode contar com um exemplar do livro assim que for editado.
ResponderEliminarAinda não li o livro mas se o conteudo tiver a ver com a capa acho que o meu batalhão não merece essa analise,da minha parte sempre tentei cumprir aquilo para que fui chamado e tenho orgulho a ter pertencido o 6221 no entanto respeito outras opiniõis Ex.furriel Teixeira
ResponderEliminarCaríssimo camarada Teixeira,
ResponderEliminarPara já, ainda ninguém, ou quase ninguém, leu o livro, porque ainda não foi publicado.
Quanto ao projecto de capa para o livro, tem essa foto por vários motivos.
Primeiro, porque é a única foto que tenho (e mais ninguém se disponibilizou a enviar-me outras fotos) tirada na altura, que se adequa àquilo que foi o espírito da nossa “missão” em Angola. Ou seja, uma imensa chatice por termos sido obrigados a ir para lá, depois de ter acontecido a queda do regime que levou àquela guerra – a guerra colonial.
Depois, aquilo em Angola não correu nada bem, não é?
A foto retrata bem o espírito, digamos que meio displicente, com que encarámos aquela “missão” e o modo como ela foi “organizada” pelos responsáveis do comando em geral. Não te esqueças que estivémos no meio da guerra civil, entre os Movimentos que não nos queriam lá e estivemos também a braços com os refugiados, que de certo modo nos odiavam, por nos considerarem “representantes”, segundo eles, dos “tropas” que tinham deitado abaixo o regime que os protegia.
Depois, não sou apologista do “cumprir” aquilo a que fui obrigado a fazer (não tenho essa noção do “dever” ou do “ser chamado a fazer”) e não me orgulho nada de ter sido obrigado a fazer a tropa – aliás como digo no livro, só não me pirei do “serviço militar”, porque aconteceu a queda do regime. Esperei que as coisas passassem a ser diferentes, mas aconteceu aquela trapalhada toda. O que até nem considero que tenha sido mau de todo em muitos aspectos.
O único orgulho que tive e mantenho, foi o de ter conhecido e convivido (e continuar a conviver sempre que posso) com toda a gente do nosso Batalhão, de que tu fazes, obviamente parte.
Portanto, aquela foto tem a ver com tudo isto.